Esta imagem representa uma sequência de vistas de um hipercubo a rodar no espaço tetradimensional. Sob cada uma está a imagem correspondente da rotação de um cubo, isto é, a representção bidimensional de uma vista do cubo. Baseado nestas o nosso cérebro não tem dificuldade em reconstruir a imagem tridimensional do cubo. O nosso objectivo é usar a intuição deste exemplo para imaginar o hipercubo tetradimensional.
Assim como o cubo projecta uma sombra bidimensional, o hipercubo produz uma sombra de dimensão 3. São essas as imagens que pairam sobre as imagens planas. Devemos usar estas para tentar imaginar o hipercubo, à semelhança do que fazemos com as imagens planas relativamente ao cubo.
Para isso necessitamos de olhar atentamente para as imagens a duas dimensões e identificar os aspectos que aproveitamos para reconhecer o cubo tridimensional de que são sombras. Depois procuraremos aspectos semelhantes nas sombras tridimensionais. Nas sombras do cubo duas faces opostas estão marcadas a amarelo e laranja. Assim como as faces do cubo são quadrados, as ``faces'' do hipercubo são cúbicas. Em conformidade, duas delas estão também assinaladas a amarelo e laranja.
Note-se que, na sombra do cubo, as faces coloridas nem sempre parecem ser quadrados, mas sim trapézios. As faces do cubo são quadradas mas as suas sombras podem ser distorcidas devido à varição na posição relativamente à fonte luminosa. Apresentam-se como quadrados somente quando a luz incide ortogonalmente sobre as faces. neste caso a face mais próxima da luz projecta uma sombra maior, e obtemos um quadrado dentro de outro.
De forma semelhante, em geral, as sombras das faces do hipercubo apresentam-se como troncos de pirâmide, em vez de cubos. Só quando a luz incide perpendicularmente sobre as faces estas projectam sombras cúbicas. A sombra da face mais próxima da fonte luminosa é maior e obtemos um cubo dentro de outro.